“Aqui a gente sempre aprende alguma coisa que vai levar pra vida.” A fala simples e verdadeira da Daniela De Fáveri Zanette, 40 anos, resume o sentimento de muitas das cerca de 70 mulheres que participam da terceira edição do Programa Mulheres Cooperativistas, promovido pela Coopercocal em parceria com o SESCOOP/SC.
O programa, que segue até o dia 26 de agosto, reúne mulheres em encontros semanais no auditório Ítalo Rafael Zaccaron, com o objetivo de promover crescimento pessoal e profissional. Mas para quem está vivendo essa experiência, o resultado vai muito além disso. “Entrei porque uma amiga me convidou. É aprendizado, são coisas novas que a gente aprende. E até agora, só coisas boas”, conta Daniela. “Cada palestrante traz um conteúdo diferente. A gente tira muito aprendizado e coisas que vai levar pra vida, com certeza.”
O que mais marcou Daniela até aqui foram os dois últimos encontros voltados ao lado financeiro. “Teve a parte com psicólogas que foi bem legal, pra gente se conhecer melhor. Mas esse módulo que estamos agora, de finanças, está dez! A gente vai muito pelo emocional, e o financeiro mexe com isso. Às vezes, a gente perde o foco, e essa aula está ajudando a focar mais, a não se deixar levar só pela emoção.”
Para Jane Do Carmo José Kafcka, 44 anos, a entrada no programa também veio por incentivo. “Lá no meu trabalho, algumas mulheres já tinham participado e falavam que valia muito a pena. Não contavam tudo, mas deixavam a gente curiosa”, relembra. Jane também destacou o impacto das aulas sobre finanças. “Essa aula de hoje me chamou muito a atenção. Eu não tinha parado pra analisar essas coisas. A gente sabe por cima, tem curiosidade... mas agora estou aprendendo bastante. Já mudou meu jeito de ver.”
Mas para além do conteúdo, o que tocou Jane foi o contato com outras mulheres. “Teve uma aula que me marcou. Uma mulher que eu nem conhecia veio até mim, contou a história dela. A confiança dela, o jeito como ela se abriu... Isso mexeu comigo. Muitas vezes a gente não se dá o valor, e vem alguém que nem te conhece e enxerga algo em ti. Isso marca.”
Os módulos do programa abordam temas como educação cooperativista, saúde emocional, autoconfiança, educação financeira, uso racional da energia elétrica, liderança feminina e comunicação assertiva . Tudo isso conduzido por profissionais que, mais do que ensinar, acolhem.
A psicóloga Jéssica Lima, coordenadora do programa pela Coopercocal, reforça o quanto esse projeto vai além de uma capacitação. “Esse ano trouxemos o módulo de educação financeira, e está sendo muito bem aceito. O palestrante tem uma linguagem atual, fala sobre os cuidados que precisamos ter com o dinheiro e como isso está ligado à saúde mental. Isso faz diferença na vida delas. A gente percebe o quanto estão envolvidas, atentas, querendo melhorar.”
Segundo Jéssica, o SESCOOP está sempre atento ao que realmente importa na vida das pessoas. “Eles entenderam que falar de finanças, cooperativismo e ESG é fundamental no mundo de hoje. E nós, como cooperativa, somos gratos por essa visão e por poder oferecer isso às nossas associadas.”
Para as mulheres que participam, o que acontece ali é difícil de explicar com palavras técnicas. É mais sentimento do que teoria. É mais conexão do que conteúdo. É sobre se redescobrir. “Com certeza a gente tem outra visão, outro olhar. E isso a gente leva pra vida”, diz Jane, com convicção. E Daniela completa: “Sempre tem algo a mais para aprender. E isso muda vidas, sim.”
Muda o olhar. Muda a autoestima. Muda a forma de se posicionar no mundo. E é por isso que, entre um encontro e outro, entre atividades e abraços, tantas mulheres saem do Programa Mulheres Cooperativistas dizendo, com o coração: "Mudou minha vida.”
O programa é realizado anualmente e já formou duas turmas, que agora compõem o Núcleo Da Mulher Cooperativista. "Para quem se forma e quer continuar aprendendo, compartilhando ideias e realizando ações transformadoras, a gente formou o Núcleo da Mulher Cooperativista. São cerca de 50 mulheres que se encontram bimestralmente, para seguir fazendo mais por si e pela comunidade, vivendo o cooperativismo", conclui Jéssica.