A juventude também teve vez nesta edição. Júlia Bez Batti, 27 anos, colaboradora da Coopercocal, já vivia o cooperativismo no dia a dia de trabalho, mas encontrou no programa um espaço de olhar para si mesma. “Cada módulo tinha uma essência. Muitas vezes a gente se doa tanto para o profissional que esquece de se cuidar. Ali a gente aprende a se amar mais, a se valorizar, e isso reflete no emprego, na família e na vida pessoal. Foi uma experiência incrível, que vale a pena em todos os aspectos.”
A terapeuta Sarah Bettiol Périco, 44 anos, conheceu o projeto pelas redes sociais e logo se encantou com a proposta. Convidou duas amigas e juntas embarcaram nessa jornada. Para ela, o aprendizado foi além do esperado: “Foi um programa enriquecedor, vimos desde cooperativismo até comunicação, educação financeira e liderança feminina. A gente sempre enfrenta desafios como mulheres, e esse curso mostrou o poder que temos dentro de nós, muitas vezes escondido pelo medo ou pelo julgamento. A liderança feminina e a educação financeira foram, para mim, os módulos mais transformadores.”
O olhar da coordenação
A psicóloga Jéssica Lima, coordenadora do programa, acompanhou de perto a evolução das 61 participantes e destacou a união construída entre elas.
“No início eram mulheres que pouco se conheciam. Aos poucos, foram criando laços, trocando experiências e aprendendo juntas. A transformação foi visível: não só no conteúdo, mas na forma de se expressarem, de falarem em público, de se relacionarem. Ver o brilho nos olhos delas na formatura, comemorando junto da família, foi recompensador.”
Um futuro de continuidade
O presidente da Coopercocal, Altair Lorival de Mélo, o Belha, destacou o orgulho da cooperativa em ver o protagonismo feminino crescendo a cada edição do programa.
“Ver essas mulheres chegando até aqui é motivo de orgulho. O cooperativismo se fortalece quando conseguimos despertar esse protagonismo e mostrar que todos têm um papel na transformação da comunidade. E para aquelas que desejarem seguir ativas, existe a possibilidade de integrar o Núcleo das Mulheres Cooperativistas, junto com quem já passou pelas turmas anteriores. É uma forma de continuar aprendendo, crescendo e fazendo a diferença dentro e fora da comunidade.”
Entre aplausos, lágrimas e sorrisos, o que ficou claro na formatura é que o Programa Mulheres Cooperativistas vai muito além da sala de aula. Ele transforma, fortalece e inspira. Cada história contada naquela noite é prova de que, quando mulheres se unem para aprender e compartilhar, os resultados ecoam por toda a comunidade.